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O inicio do ano lectivo...
Hoje, a insónia deve-se à espera dos resultados do destacamento que segundo o calendário do Ministério da Educação, sairão hoje. Recordei que, também para mim, Setembro marca o ínicio de um novo ano.
Após algumas experiências noutras áreas, escolhi fazer de professora a minha profissão e assim tem sido há mais de dez anos. Pelo que a minha vida se rege muito mais por ciclos de ano-lectivo, do que propriamente pela passagem de um novo ano no calendário gregoriano.
No início do exercício da profissão docente, reina a utopia, pelo menos para aqueles que o escolheram por vontade, talvez por vocação. De alma apaixonada, como em qualquer início, somos amplos de soluções, achamos que conseguimos ver a resolução de todos os problemas, que se nos empenharmos tudo vai ser sucesso.
Depois vêm as primeiras dificuldades, a essas juntam-se outras, vai-se dando resposta, vai-se fazendo, vai-se entendendo, e percebemos que nem tudo pode ser resolvido - agruras do sistema, da sociedade, da formação, do ser. E, na melhor das hipóteses, vamos tentando leccionar da forma mais acertada, dia-a-dia.
No final do ano, a despedida, no balanço percebemos falhas, umas podiam ter sido evitadas e outras talvez não, mas também percebemos sucesso, há práticas que funcionaram, ligações que se conseguiram, aprendizes que despertaram.
Um novo ano começa, um novo ciclo, novas expectativas, agora mais reais, mais ajustadas, mais desgastadas, também. E o processo continua, numa aprendizagem constante, num ambiente em que a mudança é diária, tentando deixar em cada aluno, um pouco mais que conteúdos, um bocadinho de estrutura, um bocadinho de amor.
Às vezes consegue-se, noutras perdem-se os conteúdos ou as estruturas, ou tudo. O amor, esse está sempre lá, nem sempre sai na melhor forma, nem sempre é percebido na totalidade ou pela totalidade. Até porque, já todos sabemos, o amor, na sua forma vulgar e quotidiana, não faz manchetes, não vende jornais, não angaria votos.
3 comentários:
Teresa faço votos que os resultados lhe sejam de feição :-)
Abraço
Ana, obrigada! Venha o que vier terei de aceitar e ver além do momento. Se sentir algum dissabor, vou tentar entender que há alguma razão maior, por muito que a desconheça.
Mas estou certa que vai ser de feição.
Abraço
Teresa.
Eis algo da alma de uma profissional de uma das mais belas e importantes profissões do mundo. Li e reli entusiasmado por ver e sentir que nem tudo está perdido, com Professores que amam o que fazem acima de todas as dificuldades e à revelia dos lobies que atrazam a revelação dum novo modo de ensinar: Amor.
Já Platão dizia que os mestres estariam a salvo de toda a corrupcão, a do corpo e a da alma.
Uma saudação especial, deste simples ser que tomou como amigo, ao inicio do seu novo ano. E desejar que os balanços intermédios e o do final de ano, seja positivo de amor.
Beijinho
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